domingo, 21 de agosto de 2011

Simplesmente Miró

Miró, Poetess (1940)

Miró, Tilled Field


“Contemporâneo do fauvismo e do cubismo, Miró criou sua própria linguagem artística e procurou retratar a natureza como o faria o homem primitivo ou uma criança, que tivesse, no entanto, a inteligência de um homem maduro do Século 20.”
Enciclopédia Britânica

Figur gegen Rote Sonne II

Desde que trouxe van Gogh para aqui passear, eu pensava em trazer um pouco de Miró ao Horas Absurdas. Confesso, desde já, que meu conhecimento sobre esse grande mestre das artes plásticas é muito estreito e, por isso até, desejo dilatar a minha visão nesse sentido.
Há uns 5 anos que conheço Miró. O mais legal é que tive a feliz oportunidade de ver um pouco de seu trabalho quando morei em Curitiba -- e aquela experiência foi superimportante para que eu me tornasse ainda mais sua fã (bem como de van Gogh, Monet, Picasso e outros tantos que conferi ao vivo). Lembro-me de que foi por acaso que divisei seus traços na Internet. Estava, se não me engano, procurando uma imagem e encontrei algo que lembrou o Snoopy (a famosa Figur gegen Rote Sonne II). Desde então, me apaixonei por esse pintor.

Nesse blog, há não muito tempo, eu trouxe pequenas gotas de van Gogh e agora chegou a vez de um pouco desse pintor tido como um mestre intuitivo e iconoclasta (mais um para a vasta coleção do grande e belo mundo das Artes). 

Miró, La Leçon de Ski
Ao folhear livros de História da Arte, não é difícil nos deparar com as interessantes pinturas e desenhos do grande Miró. Em sua obra, está presente a destruição de valores estéticos tradicionais em prol de uma fecunda transmutação. São signos, traços, caracteres que se metamorfoseavam em meios de expressão metafórica que revelavam ao mundo uma proposta estética diferente. Naqueles belos traços, transcendentalidade, poesia e belos absurdos  se encontravam para erigir algo visceral, que, para muitos, mostrava uma consciente afinidade com os dadaístas e os surrealistas.
Com o fim de apresentar um pouco mais de informações sobre esse grande mestre, deixo parte de um texto com algumas informações sobre Joan Miró. 

Nascido em Barcelona, no dia 20 de abril de 1893, Joan Miró i Ferrà foi mais um daqueles que queria viver a arte, mas foi obrigado a frequentar cursos que não lhe agradavam. Assim, quando jovem, frequentou uma escola comercial e trabalhou num escritório por dois anos até sofrer um esgotamento nervoso. Depois de perceber o que de fato Miró queria para si, em 1912, seus pais finalmente consentiram que ele ingressasse numa escola de arte em sua cidade natal.
Joan Miró, então, estudou com Francisco Galí, que o apresentou às escolas de arte moderna de Paris, transmitiu-lhe sua paixão pelos afrescos de influência bizantina das igrejas da Catalunha e o introduziu à fantástica arquitetura de Antonio Gaudí. 
De 1915 a 1919, Miró trabalhou em Montroig, próximo a Barcelona, e em Maiorca, onde pintou paisagens, retratos e nus. Depois, viveu em Montroig e Paris alternadamente. De 1925 a 1928, influenciado pelo dadaísmo, pelo surrealismo e principalmente por Paul Klee, pintou cenas oníricas e paisagens imaginárias. Após uma viagem aos Países Baixos, onde estudou a pintura dos realistas do século XVII, os elementos figurativos ressurgiram em suas obras.
Na década de 1930, seus horizontes artísticos se ampliaram. Fez cenários para balés, e seus quadros passaram a ser expostos regularmente em galerias francesas e americanas. As tapeçarias que realizou em 1934 despertaram seu interesse pela arte monumental e mural. Estava em Paris no fim da década, quando eclodiu a guerra civil espanhola, cujos horrores influenciaram sua produção artística desse período.
No início da segunda guerra mundial voltou à Espanha e pintou a célebre "Constelações", que simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção política e social causadora da miséria e da guerra.
A partir de 1948, Miró mais uma vez dividiu seu tempo entre a Espanha e Paris. Nesse ano iniciou uma série de trabalhos de intenso conteúdo poético, cujos temas são variações sobre a mulher, o pássaro e a estrela. Algumas obras revelam grande espontaneidade, enquanto em outras se percebe a técnica altamente elaborada, e esse contraste também aparece em suas esculturas.
Miró tornou-se mundialmente famoso e expôs seus trabalhos, inclusive ilustrações feitas para livros, em vários países.
Em 1954, ganhou o prêmio de gravura da Bienal de Veneza e, quatro anos mais tarde, o mural que realizou para o edifício da UNESCO em Paris ganhou o Prêmio Internacional da Fundação Guggenheim. Em 1963, o Museu Nacional de Arte Moderna de Paris realizou uma exposição de toda a sua obra. 
Joan Miró morreu em Palma de Maiorca, Espanha, em 25 de dezembro de 1983.
©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Farm (1921)












         

Um comentário:

  1. PARABENS PELA BELA PESQUISA SOBRE AS PINTURAS E VIDA DO GRANDE MESTRE ESPANHOL

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